21 de nov. de 2010

Relato da Viagem ao Parque Estadual Terra Ronca



Local: Parque Estadual Terra Ronca

Município: São Domingos

Estado: Goiás

Contatos: Beto e Graciete, proprietários da Pousada São Mateus 62 34396058 (fixo) 96363902 (celular).

Data da visita: de 12 a 15 de novembro de 2010.

Como chegamos: 370km distante da rodoviária de Brasília, seguindo pela BR-020 até Posse, depois pegando a GO 108 para Guarani e depois seguindo para o povoado de São João com 39km de estrada de chão.

O que visitamos: Caverna São Bernardo, Cachoeira São Bernardo, Caverna Angélica, Centro de São Domingos, Caverna Terra Ronca I e Povoado de São João.

O que levamos: água, lanche, roupa de banho, protetor solar, saco para coleta de lixo, boné, bota ou tênis, lanterna, capa de chuva e repelente.

Tempo de caminhada: depende muito do que se pretende é só combinar com o guia.

Grau de dificuldade: em geral fácil, em algumas cavernas o auxílio de corda resolve bem qualquer problema de acesso.

Valor do ingresso: R$ 3,00 por pessoa. Terra Ronca I não tem taxa de entrada

Necessidade de guia: imprescindível, pois sem guia é muito fácil se perder nas cavernas.

Participantes: Adáurio, André, Andréa, Clauber, Deisy, Érica, Fernanda, Paula e Vicente

Relato: Sexta-feira (12/11), 3 carros saíram de Brasília em horários diferentes (entre 14h e 15h) rumo ao Parque Estadual de Terra Ronca em São Domingos – Goiás. Levamos aproximadamente 6h para percorrer os 370km de estrada, incluindo as paradas para comer e abastecer. Chegamos cansados, porém contentes, pois a viagem foi mais tranquila do que esperávamos e isso nos deixou bem mais relaxados durante o percurso. A estrada era pouco iluminada e mal sinalizada, mas nada que causasse muito transtorno.

A pousada era simples, mas uma gracinha, tudo bem colorido, decorado e arrumado, mas foi impossível não ficar impressionado com a quantidade de insetos que se aglomeravam nas lâmpadas e, consequentemente, com os sapos que se fartavam com voadores que caiam. E por falar em sapos, nunca havíamos visto sapos tão grandes. Verdadeiros “dinosapos”. Jantamos e nos recolhemos - felizmente os outros dias, foram mais tranquilos em relação aos insetos.

No dia seguinte (sábado, dia 13/11), acordamos cedo e tomamos um bom café da manhã servido pela pousada. Logo emendamos a conversa com os Guias e planejamos os passeios, pois o dia estava ensolarado, perfeito para trilhas molhadas. Todos prontos (9h), seguimos em direção àa Caverna São Bernardo. O acesso não era dos mais fáceis, pois havia uma descida muito ingrime que estava bastante escorregadia (um dos participantes, por segurança, decidiu não continuar). Uma vez dentro da caverna, alguns participantes aproveitaram para se refrescar no rio que corria por ali, a correnteza era forte, mas a temperatura da água era agradável.

Organizamos nossas lanternas e começamos a percorrer a caverna, passamos por várias formações interessantes, muitas fotos e muitos ajustes, pois a escuridão não ajudava muito na hora de registrar o que víamos. Visitamos o Salão das Estalactites, Salão do Ar-condicionado (onde paramos para descansar e aproveitamos o momento para desligar as lanternas e sentir a escuridão do lugar) e Salão dos Canudos. Fizemos o percurso em aproximadamente 4 horas, com muita tranquilidade, com várias travessias no rio e pausas para fotos. Saímos da Caverna e seguimos para Cachoeira São Bernardo. Pequenina, porém linda e volumosa, um banho delicioso.

No domingo (14/11), o dia amanheceu chuvoso e, para não corrermos o risco de tromba d’água dentro das cavernas, buscamos a opção mais seca – Caverna da Angélica. O acesso foi fácil e a entrada já impressionava. Lanternas prontas, seguimos explorando cada estalactite daquele lugar. Passamos pelo Salão do Porta Retrato, onde todos aproveitaram pra tirar suas fotos, pelo Salão dos Espelhos, que com ajuda das lanternas ficou lindo, Salão da Santa, chamado assim por ter um formação que lembra a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Salão da Nascente, por onde o rio surge dentro da caverna, nesse local levamos um susto com aumento repentino do volume d’água (felizmente foi apenas um susto), Salão do Silicone, formações que parecem seios saindo do teto, Salão das Cortinas, incríveis e enormes pilastras onduladas e, por fim, o Salão do Tubarão, dois buracos que lembram mandibulas de tubarões. Tudo muito impressionante e lindo. Saímos da Angélica e seguimos para o Centro de São Domingos, onde almoçamos e descansamos um pouco e aproveitamos para abastecermos os carros.

Na segunda-feira (15/11), o grupo decidiu não fazer passeios longos e cansativos, pois preferimos voltar cedo para evitar o trânsito na chegada a Brasília. Foi então que acertamos o pagamento da pousada e dos guia e seguimos, já com as mochilas nos carros, para a Caverna Terra Ronca I, certos de que só entraríamos até onde a luz natural permitisse percorrer, pois estávamos sem guia.

Ao longe já avistávamos a entrada e era impressionante. Bem estruturada, o acesso é facilitado por uma ponte, corrimões de madeira e correntes. A imensidão daquele lugar é incrível. Fomos até onde os olhos humanos podiam enxergar e na volta aproveitamos para banhar nas águas do rio que corriam para dentro da caverna. Nos despedimos de São Domingos ali, já com planos de voltar durante o período de seca, pois no Parque ainda há muita coisa boa para ser vista.

Vale ressaltar que as noites foram super divertidas, pois a jogatina rolou solta e as conversas eram regadas a bons vinhos e muitas risadas.



Dicas: Escolher o período da seca para visitar, levar muita água, pois as águas das cavernas não são boas para beber. Levar jogos interativos para passar o tempo à noite. Recomendamos o Guia Valdim dos Santos, pois foi sempre muito cuidadoso e bem interativo (62) 9672.0101.

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